Na morte de Chico Preto
Houve muita tristeza no arraiá
Ele era cumpadre de todos
Não havia criança pagã no lugar
Os grandes rezavam
uma incelência
A criança chamando
O padrinho a chorar
Era mestre em benzedura
Curava quebranto,
tosse e queimadura
Picada de cobra
Não soube curar
Lalalaiá, laiá lalaiá
Lalalaiá, lalaiá, lalaiá, laiá, laiá
Nós estava na lavoura
Pra ganhar algum dinheiro
Urutu tava na moita
Urutu tava na moita
E picou meu companheiro
À comadre Dona Benta
Ele deixou como herança
Um banquinho, uma esteira
E também quatro crianças
Três machos barrigudinhos
Moringa e um violão
Que Chico Preto tocava
Sob o luar do sertão
Deixou também Mariinha
A pobre e triste menina
Tão pequenina a coitada
Mas já tem a sua sina
Vocês aqui nada sabem
Do que vai pelo sertão
Menina quando é bonita
É presente pro filho do patrão
Quem espera sempre alcança, né. Luciano? Saiu pela Odeon em raro compacto simples de 1975, o S7B-820-A, e numa compilação de registros ao vivo com artistas diversos, "O show dos shows". Samuel Machado Filho.
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